Acredita-se que o pioneiro no uso de combustível foi o Homo erectus, usando gravetos para combustão, há cerca de dois milhões de anos. É constatado, portanto, que a fonte de energia mais antiga a ser utilizada teria sido a madeira. Assim, por muito tempo, o uso de plantas e gorduras animais na combustão da madeira foram os principais combustíveis para os seres humanos.
Com um salto no tempo, na Primeira Revolução Industrial, surgiu-se a necessidade de fontes de energia capazes de suprir toda a demanda produtiva massiva nunca vista, e assim, a história dos combustíveis sofreu uma importante mudança. O uso de carvão mineral se tornou imprescindível para a evolução do mercado e da produção em larga escala.
Já no século XIX, iniciava-se a exploração comercial de poços de óleo nos Estados Unidos, sendo esse óleo destilado e utilizado como produtos para substituir a ainda existente demanda pelo óleo de baleia. Desse modo, esse Petróleo destilado era usado para fins de iluminação, na maioria das vezes. Tal acontecimento marcava o início da era do Petróleo.
Com a criação de automóveis movidos por motores a combustão, a gasolina e diesel, derivados desprezados na destilação, começaram a ser consumidos para tal finalidade. Chegando ao século XX, onde a popularização dos automóveis já era nítida, os combustíveis fósseis ocuparam um posto de importância absurda, ao ponto de serem necessários em escala global.
Em meados da década de 1940, com o desenvolvimento da física, houve também a evolução da tecnologia nuclear. Sabe-se que tal fonte de energia é extremamente poderosa apesar de ainda serem discutidos os seus riscos em relação às questões ambientais e éticas. Diante de tantos acontecimentos históricos, entende-se que a busca por combustíveis mais eficientes e a importância dos próprios são a fórmula do desenvolvimento para o Mundo atual.
Combustível é uma substância que, ao reagir com um comburente, composto químico suscetível de provocar a combustão de outras substâncias, libera energia térmica. Tal energia também pode ser transformada em trabalho mecânico, algo que acontece nos motores automotivos atualmente.
Alguns exemplos de combustíveis: gasolina, álcool, diesel, madeira, carvão, biodiesel, etanol, biogás, gás natural, etc.
Alguns exemplos de comburentes: na maioria das vezes o oxigênio, mas em situações isoladas outras substâncias podem ser comburentes, como o cloro.
Os combustíveis não renováveis são aqueles vindos de fontes finitas e limitadas. Fontes essas que demoram milhões de anos para serem renovadas com condições específicas de temperatura e pressão para sua formação.
Derivados de matéria orgânica vegetal e animal fossilizada, o petróleo e gás natural são os principais responsáveis pela produção de combustíveis fósseis e não renováveis, como a gasolina, o diesel e o querosene.
Os combustíveis renováveis são aqueles vindos de fontes inesgotáveis de energia, pois se renovam constantemente ao serem usados. Fontes como óleos vegetais, que podem ser gerados em um pequeno espaço de tempo, geram os principais biocombustíveis, por exemplo o etanol e o biodiesel.
Os combustíveis fósseis são o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, todos provenientes da decomposição lenta dos seres vivos e vegetais ao longo de milhões de anos soterrados em camadas profundas da crosta terrestre com bactérias, oxigênio, pressão e calor.
O petróleo, responsável pela produção da maioria dos combustíveis fósseis, é uma mistura de compostos químicos orgânicos. Quando tais substâncias apresentam um número maior de moléculas com cadeias pequenas, demonstram estado físico gasoso. Mas também, caso a mistura apresente um número maior de moléculas grandes, terá mais carbonos e estado físico líquido. É importante frisar que para todas essas situações, a condição de temperatura e pressão devem ser normais.
Desse modo, por apresentar centenas de compostos químicos diferentes, o petróleo tem sua separação em complexos puros quase impossível. Sua separação é feita por frações de acordo com a faixa de ebulição dos compostos presentes em determinadas misturas. Por exemplo, em uma temperatura de ebulição de até 40ºC, encontra-se a faixa de um carbono apenas, utilizada para a produção de gás de cozinha. Já em uma temperatura entre 40 e 175ºC, encontra-se a gasolina, combustível de automóvel mais usado no Brasil.
O Diesel, combustível vindo de outra faixa de destilação com uma temperatura de ebulição entre 235 e 305ºC, é classificado em gasóleo leve e gasóleo pesado, mas ambos são usados como combustíveis para transporte. Além disso, ainda existem outras faixas de destilação que dão origem a outros compostos, como o querosene (175 a 235ºC), os lubrificantes (405 a 510ºC) e alguns resíduos (acima de 510ºC).
Os biocombustíveis são combustíveis vindos de biomassa, tudo aquilo de origem orgânica, como bagaço de cana-de-açúcar, madeira e óleos vegetais, e os mais comuns são: o biogás, o biodiesel e o bioetanol.
O biogás consiste em uma mistura gasosa de dióxido de carbono e metano fabricada por meio da ação de bactérias fermentadoras em grandes equipamentos, chamados biodigestores anaeróbicos, considerando os patamares de temperatura, umidade e acidez. Tal fonte de energia provém de dejetos e rejeitos de gado, como também de resíduos agrícolas ou certos resíduos industriais (bagaços, efluentes e gorduras).
Para além, tem-se o biodiesel, resultado da reação química de lipídios, óleos e gorduras de origem animal ou vegetal, com determinado teor de etanol ou metanol e sendo estimulada por um catalisador. Além deste, existe também o bioetanol proveniente de todos os processos de obtenção de etanol, sendo sua matéria-prima principal a celulose, e tendo como exemplo o milho e a cana-de-açúcar.
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